sábado, 7 de fevereiro de 2009

..Eu a sós com o mundo...


O mesmo ritual acontece todos os dias: chegar em casa, largar a bolsa e mais outra cheia de livros..deixar os pés livres dos sapatos...largar as chaves sempre no mesmo lugar e correr para o chuveiro.

Uma roupa mais leve... livre de botões, zipers, lenços e meias-calças. Com um roupão e chinelos..olho no espelho antes de sair do banheiro para conferir: pronto!!! sou outra!outra não, voltei a ser eu mesma!

Agora, chego a hora prometida!!! um lugar deserto..apenas habitado por Clarice Lispector, Pablo Neruda, Mário Quintana, Fernando Pessoa, Machado de Assis, Veríssimo, Foucault e outros tantos...lugar deserto disse eu??? rssss....são eles os soberanos da minha vida..até agora...e é esse o território de minha preferência.

..Sei: ler livros e mais livros não vai me tornar pessoa melhor, talvez mais culta ou ainda sirva para enfeitar um discurso ou ajudar para ampliar o lexo na hora de uma apresentação de pôsters em algum congresso; mas ..pessoa melhor????

Não...talvez diferente. Mas o diferente sofre preconceitos..nesse mundo de Deus..tudo é possível!

Com livros em volta e na frente do computador..desvendo simbolismos da vida, como também alimento a complexibilidade dos meus pensamentos..experimentando máscaras, diferentes das que deixei lá fora.

A janela fica ao meu lado, mas não olho..se olhasse talvez pudesse ver com outros olhos o que lá deixei.

À noite..estaciono um pouco no sofá com o controle da televisão..poucos canais, pois não é minha preferência, nem prioridade.Volto ao computador. Sem qualquer reservas, procuro orkuts..há muitas máscaras por lá....reviso alguns blogs e encontro alguns prestativos a imbecialidade. Fazer o quê? Bendito é aquele que escreve o que lhe perturba a mente..mas revejo meus preconceitos...vejo fotos.... ouço determinadas músicas que gosto e outras que me mandaram..então..vou a minha página:" A blog of one's own ( a prpósito de Virgínia Woolf)". Lá, tenho uma única forma: não pensar na escrita...vou andando por labirintos, formando palavras que não precisavam ser escritas, pois ninguém lê. Mas recrio minha natureza humana..numa tentativa de materializar o pensamento pela intensidade de algumas palavras. Acho que é o resultado de um espírito livre, tão livre quanto meus sonhos.

Não tenho vícius, nem virtudes, não sou pior nem melhor que outras mulheres. A coletividade não me seduz...apenas sou livre e me sinto bem..assim..assim mesmo..a sós com o mundo!!!





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